Mensagem proferida no último domingo do Ano da Igreja - 21/11/2010.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Hoje estarás comigo no paraíso!
Mensagem proferida no último domingo do Ano da Igreja - 21/11/2010.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Novos Evangélicos? Prefiro os velhos!
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Quem é o maior no Reino dos Céus?
Mt 18.1-20
E então lhe vieram os discípulos perguntando quem era o maior no reino dos céus. Não podemos esquecer que os discípulos estão sempre caminhando com Jesus e aprendendo tudo o que ele tem para lhes ensinar. Talvez assim como nós e talvez muitos fariam a mesma pergunta.
Mas, nesta pergunta, Jesus compreende que seus discípulos ainda não entenderam como é o Reino de Deus. E realmente, nós não compreendemos. É necessário que Jesus nos diga como é o Reino de Deus. Mas Jesus não chama a atenção de seus discípulos. Jesus toma uma criança para ensinar-lhes como é o Reino de Deus. E Ele diz: aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.
Muito já foi discutido sobre a metáfora desta criança.
Os discípulos devem ter problemas psicológicos e devem agir como crianças?
A criança não têm pecado e por isso nós devemos ser como elas?
Não. É evidente que Jesus não está falando disso. Mas ele está falando a respeito de quem é o maior no reino de Deus e o maior no reino de Deus é a criança. O maior no reino de Deus é o necessitado assim como a criança, aquele que depende de outros. Jesus ainda diz que o que se humilhar como a criança, esse é o maior no reino dos céus. Ou seja, aquele que já é adulto, mas que necessita de ajuda como a criança, esse é o maior no reino de Deus.
A criança é o centro de tudo.
Você já viu como funciona uma família quando se tem uma criança em casa? Tudo gira em torno da criança. Se ela chora todos correm para ver o que está acontecendo, se ela cai um tombo ou se machuca, logo é socorrida e levada ao médico. Quando ela fala, todos ouvem atentamente para também lhe ensinar o que é devido. Ou seja, tudo gira em torno da criança que necessita de todos que estão ao redor.
E Jesus continua:
- Quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe. E o que fizer tropeçar a um destes que crêem em Cristo, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar. Podemos notar que não é pouca coisa, mas que é muita coisa.
Então ficam as perguntas: Quem é o maior no reino de Deus? Quem manda no reino de Deus? Quem deve ser socorrido no Reino de Deus?
E a resposta para essa pergunta é:
- As crianças. Em resumo: os necessitados, os pecadores, aqueles que choram, caem tombos e que não compreendem como é o Reino de Deus.
Pode-se notar que é muita responsabilidade ter uma criança em casa! Assim como também é muita responsabilidade estar com os necessitados, com os pecadores. Estar com todos aqueles, que assim como nós, precisam do perdão de Cristo. Responsabilidade esta que nós já enfrentamos, mas que será nossa maior responsabilidade no estágio e também no futuro ministério. Estar com os pecadores!
Que o bondoso Deus esteja sempre presente em nossas vidas nos lembrando do perdão que nós temos em Cristo e de que nós também podemos perdoar o nosso irmão, pois perante Deus somos todos pecadores e necessitamos de seu perdão que Ele nos concede em Cristo. Amém.quinta-feira, 15 de julho de 2010
A Santa Ceia em Torno de Lutero - Por Giovane Tiedt
INTRODUÇÃO
Lutero tentou conservar o que podia ser mantido até estar convicto que a Palavra de Deus exigia procedimento diverso. Sendo a Palavra de Deus a única fonte de doutrina cristã, a tradição católica não é fonte para a doutrina de Lutero a respeito da Ceia, mesmo que nos seus primeiros escritos observa-se pensamentos católico-romanos. A medida do necessário, Lutero reafirmava seus posicionamentos de acordo com a revelação da Palavra de Deus.
ASPECTOS PASTORAIS DA SANTA CEIA EM LUTERO
Lutero faz admoestações na sua Vermahnung zum Sakrament des Leibes und Blutes unseres Hern (Admoestação do sacramento do Corpo e Sangue de Nosso Senhor) de 1530. Nesta exortação, Lutero “ataca o descaso pelo sacramento do altar. O povo não estava participando da comunhão conforme se esperava. Já não havia leis que o obrigassem, e os pastores e pregadores não estavam conseguindo motivar os fiéis a comungar espontaneamente”
FUNDAMENTO
Para Lutero está claro: o que faz o pão e o vinho serem o sacramento são as palavras de Cristo. “O ponto cardinal é a palavra e a ordenação ou mandamento de Deus.
A ESSÊNCIA
Lutero pergunta: “Que é, pois, o sacramento do altar?” e a resposta é: “É o verdadeiro corpo e sangue de Cristo Senhor, em e sob o pão e o vinho, que a palavra de Cristo ordena a nós cristãos comer e beber”. E para que haja verdadeiro corpo e sangue de Cristo presente na Ceia, “a palavra tem de fazer do elemento um sacramento”, pois “se apartas a palavra ou consideras a coisa sem a palavra, nada tens além de mero pão e vinho.
O ALIMENTO
Temos na ceia um “alimento da alma, que nutre e fortalece o novo homem” para combater a velha natureza, pois ela permanece. A ceia funciona como um antídoto contra o veneno de Satanás, que “não desiste até cansar-nos afinal de modo que renunciamos a fé ou desanimemos e nos tornamos apáticos ou impacientes”.
OS BENEFÍCIOS
Nos seus Katechismuspredigten (Catecismos/Sermões) de 1528, Lutero caracteriza benefícios através da Ceia. A presença de Cristo, através do pão e do vinho é talvez a mais importante. A renovação que vem pela fé, que faz receber o corpo e sangue de Cristo.
A RECEPÇÃO
Lutero deixa bem claro o que faz alguém ser digno ou indigno para receber a Ceia: “Pois visto que esse tesouro é apresentado totalmente nas palavras, não se pode apreendê-lo e dele tomar posse de outra maneira senão pelo coração” É o coração que discerne esse tesouro e o deseja. Porém se este coração não se converte e não se arrepende, recebe o corpo e sangue de Cristo não para a vida e consolo, mas para juízo e condenação.
OUTRO ESPÍRITO
Aqui começam as controvérsias por Karlstadt e Zwínglio que negavam a presença real do corpo e do sangue de Cristo na santa ceia. A diferença básica resumia-se na pergunta: Os Artigos de fé devem basear-se exclusivamente na palavra de Deus ou também na razão humana? A resposta de frei Martinho não admitia dúvida: A Escritura e nada além dela é a fonte de artigos de fé.
VISÃO DO LUTERO JOVEM SOBRE A CEIA DO SENHOR
Em seguida temos este terceiro sermão da trilogia dedicada à duquesa Margarida de Braunschweig e Lüneburgo em 1519 Um Sermão sobre o Venerabilíssimo Sacramento do Santo e Verdadeiro Corpo de Cristo e sobre as Irmandades, foi à primeira afirmação maior de Lutero quanto à Santa Ceia. Ainda não falava de assuntos controvertidos, como o sacrifício da missa ou o modo da presença real de Cristo, mas já atacava o problema da comunhão sob as duas espécies para os leigos e delineia uma nova perspectiva quanto à transubstanciação e ao uso do sacramento. Define que o sacramento deve ser exterior e visível em uma forma ou espécie corporal. Ainda concorda que o povo só receba a hóstia e o sacerdote tome o vinho à vista do povo, mas já propõe o recebimento dos dois elementos pelos leigos.
Mas já há uma diferença essencial, pois admite a continuidade do pão e do vinho quando diz: que Cristo “pôs no pão sua verdadeira carne natural e, no vinho, seu verdadeiro sangue natural”. “Logo rejeita a transubstanciação, como efetivamente a condena no ano seguinte no seu Do cativeiro Babilônico da Igreja. Já fala claramente da “carne sob o pão” e do “sangue sob o vinho”.
VISÃO DO LUTERO MADURO SOBRE A EXORTAÇÃO AO SACRAMENTO DO CORPO DO NOSSO SENHOR
Lutero aproveitou seu “ócio” para escrever textos. Voltou-se também ao Sacramento da Santa Ceia. Já a “Instrução dos Visitadores aos Párocos” havia orientado os visitadores quanto a esse Sacramento: deveriam insistir junto aos pastores para que instruíssem as comunidades sobre a prática eucarística consciente e responsável. Em Coburgo, Lutero redigiu, sobre o mesmo tema, antes de 17 de outubro de 1530, a presente “Exortação”.
Este escrito é uma importante complementação dos escritos em que Lutero desenvolveu sua concepção da Eucaristia e a defendeu contra a concepção romana e contra a concepção da presença meramente simbólica de Cristo no Sacramento, defendida por Ulrico Zwínglio (1484-1531), o reformador de Zurique (Suíça), e seus adeptos A intenção do reformador é, aqui, essencialmente pastoral. Sob este aspecto, trata-se da manifestação mais bela de Lutero sobre Eucaristia.
CONCLUSÃO
Vejo que todas as obras de Lutero foram movidas por controvérsias a igreja de Roma, logo vemos que Lutero foi fortemente criticado por sua posição e seu pensamento o levando a ser excomungado da igreja católica, este tema me chamou muito a atenção, pois Lutero faz admoestações na sua Vermahnung zum Sakrament des Leibes und Blutes unseres Hern de 1530. Ele admoesta os pastores, pois estes estavam deixando de fazer o seu trabalho, pois estavam desmotivados pelo desanimo e descaso do povo pelo sacramento do altar, e vejo que isto não é muito diferente hoje em dia, os membros estão desanimando e os pastores estão indo junto para o mesmo caminho. Lutero diz que é importante instruir as pessoas sobre a importância do sacramento, fazendo uma citação: “Queres ser cristão e sabes que é ordem e determinação de Cristo que use esse Sacramento; mas o deixas esperar meio ano, um ano inteiro, três anos e até mais”. Estás ouvindo meu caro? Como é que isto rima com um cristão? Aposto que vais envergonhar-te diante de ti mesmo e te assustará em face de semelhante prédica. Devemos dar a mesma importância que Lutero deu para a Ceia, pois esta é o antídoto contra o veneno que o diabo e o mundo querem nos dar para bebermos.
BIBLIOGRAFIA
•Obras Selecionadas v.7, Martinho Lutero (Sacramentos).
•Introdução aos Catecismos de Lutero, Caderno Universitário. Clóvis J.Prunzel (Aspectos Pastorais da Santa Ceia em Lutero).
•Restaurador da Verdade, Frei Martinho. R. F. Hasse. (Outro Espírito).
•Isto é o Meu Corpo, Hermann Sasse. (O Sacramento do Altar e a Igreja Luterana hoje).